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Liderar a si mesma

Liderar a si mesma é ser inspiradora

Empoderar-se é liderar a si mesma

Segundo dicionário Michaelis Responsabilidade é a qualidade de quem é responsável. Obrigatoriedade de responder pelos próprios atos ou por aqueles praticados por algum subordinado.” Dá para ver que a palavra já traz em seu significado o conceito da autorresponsabilidade, que é assumirmos a responsabilidade por nossas escolhas, decisões e consequências delas, sejam boas ou ruins. Se você entendeu isso sabe o que é Liderar a si mesma.

E já quero começar te provocando a uma reflexão: Até que ponto você realmente age e se responsabiliza por suas atitudes? Você cuida e assume suas tarefas, compromissos, escolhas e decisões ou sempre encontra uma desculpa para responsabilizar algo ou alguém pelo que acontece na sua vida? Porque é importante entender isso?

Por Exemplo

Exemplos de situações simples do dia a dia podem te ajudar nesse raciocínio sobre Liderar a si mesma. Você está liderando uma equipe júnior, por exemplo, pouco experiente e para quem você delega o planejamento e a execução das tarefas com metas ousadas a cumprir. O fim do mês chegou e seu departamento não atingiu a meta pelo terceiro mês consecutivo. Qual sua primeira reação?

Lamenta e assume que você poderia ter ampliado sua atenção com a equipe, ter dado uma orientação mais assertiva e ferramentas mais ágeis ou lamenta e comenta que uma equipe com tanta gente inexperiente, só poderia dar nisso?

A pergunta é simples e a resposta deixo com você. Mas é exatamente a forma como nos colocamos diante das questões da vida que determina se somos ou não autorresponsáveis.

O exemplo da liderança citado acima é mais comum do que você imagina. Já ouvi líderes dizerem, por exemplo, que não atingiram o resultado esperado pela empresa porque sua equipe não é boa o bastante ou por não ter o número de colaboradores suficientes para realizar o trabalho.

Mas quais foram as decisões dessa liderança para mudar o cenário e buscar por soluções? Muitas vezes nenhuma. Deixam a equipe à deriva e só na hora da avaliação, se dão conta que poderia ter sido diferente se tivessem feito algo.

Estudo

Atitudes como a do exemplo, fazem parte de estudos sobre comportamento. Elas aparecem com frequência em análises comportamentais utilizadas em mentorias e trabalhos de coach.

Um estudo do psicólogo Julian Rotter na década de 60, sugeriu de maneira consistente, que encontramos pessoas com uma escala de comportamento com mais ou menos autorresponsabilidade.

De forma resumida, seu estudo apontou que colocamos nossas atitudes sobre responsabilidade em dois lugares: dentro de nós ou fora de nós. Mas como encontrá-los?

O estudo define esses dois lugares (lócus) da seguinte forma:

É preciso lócus de controle para liderar a si mesmo

  • Lócus de controle interno que é quando você assume a responsabilidade sobre seus resultados, escolhas, atitudes.
  • Lócus de controle externo que é quando você responsabiliza sempre alguém ou algo pelos seus resultados.

E é nesse lócus externo onde estão a maioria das pessoas. Viver eternamente responsabilizando os outros por suas perdas e ganhos não é nada bom. Traz uma série de aspectos que irão depor contra você no âmbito comportamental.

A boa notícia é que temos os dois lócus interagindo conosco o tempo todo. A grande questão é escolher aonde você quer estar.  

Liderar a si mesma é ter o lócus de controle interno cada vez mais ativado. Mas liderar a si mesma é também reconhecer suas forças e debilidades e buscar melhorar-se.

Reflita sobre como tem sido a média do seu comportamento.

Autoreesponsabilidade

Ser capaz de compreender que suas escolhas e decisões estão em primeira pessoa, já te dá um bom norte sobre autorresponsabilidade e como agir. Eu escolhi assim, eu fiz desse jeito porque quis, eu estudei o suficiente, etc.

São decisões que por mais que sejam tomadas de forma inconsciente (o que não deveria), são suas escolhas. Assim, o convite aqui é para você parar e pensar. Fazer uma autoanálise de como tem lidado com questões simples do dia a dia, ao liderar sua equipe e sua própria vida.

Claro, é muito mais confortável dizer que coloquei o carro em fila dupla por não ter vaga disponível na porta do supermercado, do que estacionar na rua de trás e caminhar até ali.

Ao invés de buscar uma justificativa, busque se posicionar. Autorresponsabilidade é sobre isso. Liderar a si mesma é sobre isso. Estar atenta em cuidar das suas decisões sem precisar apresentar um problema para cada solução.

Muitas pessoas estão adiando suas realizações por conta do lócus de controle muito apontado para fora, sabia? Sabe aquela máxima: não fiz porque não me disseram que era pra fazer? É bem por aí.

Culpa

Importante esclarecer que associamos responsabilidade a culpa. O desejo de ter feito algo que não fez, costuma deixar esse rastro e o sentimento de culpa nas pessoas. Daí todas as vezes que você se depara com uma situação que exige de você uma atitude, você pode buscar aquela referência no inconsciente e vai querer se defender, justificar, responsabilizar o outro ou a situação pelos resultados. É quase inconsciente. Mas responsabilidade é empoderamento.

Assumir o que fazemos traz liberdade e os frutos por assumir posição. Fala mais sobre você do que sobre os outros.

Então fica o questionamento: onde reside seu lócus de controle. Pense sobre isso e deixa aqui seu comentário.

Que minha coluna Um Salto na Liderança, possa te inspirar a você liderar a si mesma. No próximo artigo vamos falar sobre mentoria profissional e porquê ter uma pra chamar de sua.

Inscreva-se na nossa News Letter para não perder nenhum conteúdo dos demais colunistas e minha sugestão de leitura para você hoje, é a coluna de Raymara Milhomem sobre marketing de influência, vai lá e aproveita.

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Por Ana Rodrigues

Resiliente, comprometida e cheia de ousadia. Graduada em Comunicação Social, pós-graduada em Administração de Marketing, MBA em Gestão de Varejo, pós-graduada em Neurociência e Comportamento e master analista comportamental só para resumir. Sou mentora de líderes e palestrante. Minha agenda é sempre voltada a apoiar mulheres em sua trajetória profissional. Oriento empresas e lideranças a serem seu próprio modelo de gestão, a serem inspiração. Há mais de 32 anos atuando na liderança de equipes em grandes empresas nacionais e multinacionais como Grupo Bunge, ICI, BASF, Fortlev, Aliansce entre outras, mentorar lideranças femininas no desenvolvimento de suas competências é uma missão e um grande prazer.

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