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As Flores Através Da História Da Arte

O tema flores é bastante abrangente e hoje vamos passear pela história da arte com elas.

Vários movimentos artísticos as incluíram e não poderia ser diferente, já que elas têm o poder de realçar toda e qualquer obra.

Então vamos lá.                                  

As flores e a arte

Renascença (1400-1600)

Na arte renascentista, as flores não eram colocadas em primeiro plano, devido ao movimento antropocentrista e o ideal de beleza, baseado na arte clássica (grega e romana). Porque, nesta fase, as flores eram usadas apenas para adornar algumas obras que continham assim, outras temáticas principais.

Mas, a obra mais popular deste período, envolvendo a temática flor é “A Primavera” de Botticelli, um dos maiores nomes do renascimento.


Sandro Botticelli – 1481-1482

Barroco (1600 – 1720)

Durante o período Barroco, aconteceu uma drástica mudança estética, enfatizando a predominância de temas religiosos, com contrastes dramáticos de luz e sombra.

Dentro desse contexto, Ambrosius Bosschaert, foi um dos pioneiros no gênero natureza-morta – foi quem trouxe as flores para um papel de destaque na arte.

“Flores Ainda vivas” Ambrosius, Bosschaert (1614)

Rococó (1600 – 1720)

O Rococó, surgido na França, vem de uma ramificação do Barroco.

Mas este estilo, é voltado para a arquitetura e decoração de interiores, agregando muito mais leveza com a predominância de tons pastéis e dourados.

As principais cenas retratadas, continham temáticas ligadas a aristocracia.

Destacamos a icônica obra “O Balanço” de Jean Honoré Fragonard.

Mas, as flores nunca eram tratadas como o objeto central e sim, como aquelas que sempre estavam presentes.

“O Balanço” de Jean Honoré Fragonard (1766)

A arte e as flores

Impressionismo (1860 – 1886)

Durante o movimento Impressionista, a ideia de representação acadêmica foi modificada, assim, as telas ganharam uma visão mais subjetiva.

A natureza, foi um dos temas mais recorrentes nesse período, e dessa forma, existem inúmeras obras que retratam as flores leves e vívidas, pintadas na maioria das vezes sob a luz natural.

Entre algumas das obras de destaque, temos a série em que Claude Monet retrata seu jardim “O Vaso Azul” de Paul Cézanne, e os girassóis de Vincent Van Gogh, (essas duas últimos Pós-Impressionistas).

“Lírios da Água” (1914 – c.19) e “Iris Amarela” Monet (1914 – c.1917) Monet.

” O Vaso Azul ” por Paul Cézanne 1887.

“Doze Girassóis numa Jarra”‘ Van Gogh (1888).

As flores e a arte

Vanguardas do século 20

A virada do século foi um período intenso e de grande efervescência na Arte, havendo assim, o surgimento de diversas vertentes de estilos e tendências simultaneamente.

Os pintores encontravam cada vez mais liberdade criativa, e ultrapassando os limites da arte convencional, proponham novos valores estéticos.

Entre os principais movimentos vanguardistas temos: o Fauvismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo e o Surrealismo. Cada um retratando as flores de um jeito bem distinto e autêntico.

Fauvismo

Apresenta cores puras (ou seja, mistura) e muito vividas, mas, os temas geralmente retratam a beleza cotidiana e contém pinceladas leves. Um dos maiores representares da vertente foi Henri Matisse.


“As Flores de Ameixa” (1948) e “Natureza morta com Asphodèles” H. Matisse (1907)

Cubismo

O estilo é marcado pelo uso de formas geométricas com a natureza e objetos sendo mostradas de vários ângulos ao mesmo tempo, criando assim figuras tridimensionais.

Há uma desconstrução ainda maior nas formas, como pode ser visto no Trabalho de Pablo Picasso, mas outro nome também é importante para o movimento, é Juan Gris.

”A mulher com Flor” P. Picasso e a direita “Flor” Juan Gris.

As flores e a arte

Futurismo

Inspirado pelas mudanças e avanços tecnológicos, valorizavam a representação do movimento, da velocidade, e os artistas se baseavam na vida moderna, e assim também na violência (militarismo), além disso, pregavam uma brusca ruptura com o passado.

E, por isso, não haviam muitas representações da natureza e consequentemente de flores.

Dadaísmo

Movimento de caráter que defendia a espontaneidade, o ilógico, o irracional, a ironia, protestando contra os modelos conhecidos de arte mas, questionando a sua própria definição, e assim, seu contexto histórico.

Porque, saindo um pouco da pintura e indo para a escultura, temos alguns trabalhos de Hans Arp, um representante importante do “Dada”.

As flores e a arte

Surrealismo

A ausência de lógica vista no ”Dada”, assim, somada a base criativa retirada de sonhos, fantasias e o próprio inconsciente humano atribuíram o excêntrico e até mesmo bizarro ao cotidiano.

Mas, muito do jogo de luz, sombra e riqueza de detalhes, é adicionado a esse estilo de pintura, dominando assim, a sua estética.

Salvador Dalí, é um exemplo clássico de pintor dentro dessa vanguarda, assim, ele usa muito das flores dentro de suas composições.

“Rosa meditativa” 1958 e “A Rosa Borboleta”, 1981 S. Dalí.

Lindo passeio, não é?

E agora, vamos florescer inspirados pela história da arte?

Fonte de pesquisa: Blog arte 12 B.

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