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Diálogos Contemporâneos

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ACONTECERÁ NO AUDITÓRIO DO MUSEU NACIONAL DA REPÚBLICA, DE 19 DE SETEMBRO A 25 DE OUTUBRO COM ENTRADA FRANCA DIÁLOGOS CONTEMPORÂNEOS – QUINTA EDIÇÃO.

Zélia Duncan e Marcelo Rubens Paiva falam sobre música, memória e literatura no Museu da República

Nesta próxima semana, a série de conferências literárias DIÁLOGOS CONTEMPORÂNEOS escava as memórias da cultura do povo brasileiro pelo prisma da música, das afetividades e da literatura como forma de discutir o momento atual do país e seu futuro. Nesta segunda (17/10) e terça-feira (18/10), às 19h, no Museu Nacional da República em Brasília, o evento apresenta palestras da cantora, compositora e escritora carioca Zélia Duncan e do premiado autor Marcelo Rubens Paiva, respectivamente. Ao final das palestras, ambos receberão o público para sessões de autógrafos.

Zélia, que sempre manteve laços estreitos com a capital federal, onde iniciou sua carreira musical, abordará o tema “A afetividade na tradição musical e na literatura brasileira”, com mediação do sociólogo e ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira. Na conferência, Zélia propõe estimular um diálogo com o público. “A ideia é de uma conversa. Não farei propriamente uma palestra”, adianta a autora de “Benditas coisas que eu não sei – Músicas, memórias, nostalgias felizes” (Agir).

A obra, bem como a proposta da conferência, traz uma necessária reflexão sobre as afetividades em nossa memória como nação. “O afeto, especialmente neste momento, tem sido um imenso desafio para todos nós, tanto para exercitá-lo quanto para ser a lente por onde queremos tanto, pelo menos eu quero, enxergar nossas qualidades, nossas potencialidades, que são tantas”, diz a cantora. Zélia acrescenta que este é o momento de também de fortalecer o combate a uma escalada dos discursos e políticas de ódio na sociedade. “A cultura é nossa arma e nosso escudo, nossa cara e nosso espelho”, sentencia.

No dia seguinte, terça-feira (18), o autor do clássico contemporâneo “Feliz ano velho” (Companhia das Letras), Marcelo Rubens Paiva apresenta a palestra “Memória e literatura”, com mediação da escritora Tereza Cruvinel. ARoteirista, jornalista e dramaturgo, Marcelo ganhou o prêmio da Associação Brasileira de Letras (ABL) pelo roteiro de “Malu de Bicicleta”, além de três prêmios Jabuti de Literatura. Sua obra mais recente é “Do começo ao fim” (Companhia das Letras). Escrito durante o período da pandemia, este livro conta a história de uma relação que é interrompida na juventude e retomada décadas depois.

“Eu faço autobiografia desde que comecei, e esta também é uma história que aconteceu comigo”, explica. Sobre escrever uma história de amor em meio a um cenário pandêmico, Marcelo revela que foi proposital. “Nesse momento de muita desesperança, pouca crença na humanidade, é fundamental falar de coisas importantes como o amor”.

Sua obra é marcada pela autoficção com toques de ironia, irreverência e crítica social. Para o encontro do Diálogos Contemporâneos, o autor vai contar sobre o processo criativo de criação de suas obras, envoltas desde sempre na memória e experiência pessoais. “Uma vez eu li que a História fala a versão dos vencedores. Penso que a literatura conta a versão dos perdedores, um contraponto importante”.

Rubens Paiva, que é uma das vozes da literatura associadas à resistência contra a ditadura militar, é um dos símbolos da memória viva de um período antidemocrático da história brasileira. “Estamos há 4 anos em um governo que apoia a ditadura e suas práticas, e quem sofreu com esse período entende o impacto disso. E, para quem não viveu,  eu acredito no poder da literatura, da arte, de trazer essa memória e contexto e ser uma chave de mudança de percepção.”

Conversa com estudantes – Nesta edição, os autores e autoras convidados vão cumprir uma agenda de bate-papos com estudantes, em visitas a escolas e universidades. As instituições a serem visitadas são: Universidade Católica de Brasília (UCB),  Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB) – campus São Sebastião; CEMAB – Centro de Ensino Médio Ave Branca de Taguatinga, CEM Taguatinga Norte, CEM 01 do Riacho Fundo I, CEM 12 de Ceilândia, CEM 04 de Ceilândia e CEM 2 de Ceilândia.

PROGRAMAÇÃO

17 de outubro, segunda-feira, 19h

A afetividade na tradição musical e na literatura brasileira, com Zélia Duncan – Cantora, compositora e escritora, autora de “Benditas coisas que eu não sei – músicas, memórias, nostalgias felizes” (Agir), obra em que reúne 23 ensaios e um breve diário nos quais expõe seu olhar e sua relação com a música. Além de incontáveis canções, já escreveu roteiros, um perfil de Dona Ivone Lara, uma coluna semanal de crônicas no jornal O Globo, uma peça de teatro, esquetes, textos de orelha, prefácios e posfácios.

Mediação: Juca Ferreira, sociólogo

18 de outubro, terça-feira, 19h

Memória e literatura, comMarcelo Rubens Paiva – Roteirista, escritor e dramaturgo, nasceu em 1959 em São Paulo. Foi laureado com três Prêmio Jabuti, um Prêmio Shell, um Moinho Santista e um da Academia Brasileira de Letras. Entre seus livros estão “Feliz ano velho” (1982 – Prêmio Jabuti), “O homem ridículo” (2019), a “Série – O livro” (2021) e “Do começo ao fim” (2022). Foi traduzido para o inglês, espanhol, francês, italiano, alemão e tcheco.

Mediação: Tereza Cruvinel, jornalista e escritora

24 de outubro, segunda-feira, 19h

O povo negro e a formação da identidade brasileira, com Itamar Vieira Jr. – Nasceu em Salvador (BA), em 1979. É geógrafo e doutor em estudos étnicos e africanos pela UFBA. Seu romance “Torto arado”, publicado pela Todavia em 2019, venceu o Prêmio Leya, recebeu também os prêmios Oceanos e Jabuti e está sendo traduzido para uma dezena de idiomas. Em 2021, lançou “Doramar ou a Odisseia: histórias” (Todavia). Trabalha como servidor público no Incra e está escrevendo um novo romance.

Mediação: Lêda Gonçalves, professora e doutora em Psicologia

25 de outubro, terça-feira, 19h

Brasil: a outra independência, com Heloísa Starling – Historiadora, cientista política e professora titular do Departamento de História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG. É autora de “Os senhores das Gerais” (1986), “Lembranças do Brasil” (1999), “Brasil: uma biografia” (2018), “A bailarina da morte: A gripe espanhola no Brasil” (2020), “Linguagem da destruição: A democracia brasileira em crise”, entre outros.

Mediação: Hamilton Pereira, escritor

SERVIÇO

DIÁLOGOS CONTEMPORÂNEOS

Local: Museu Nacional da República (Complexo Cultural da República, próximo à Rodoviária do Plano Piloto)

Datas: de 19 de setembro a 25 de outubro

Horário: 19h

ENTRADA FRANCA (distribuição de ingressos uma hora antes do início da palestra)

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Por Leninha Camargo

Gestora de Negócios e Empreendedorismo Chef Executivo Internacional (Accademia Italiana Della Cucina/Itália) Graduada em Enogastronomia (Accademia Italiana Della Cucina/Italia); Pós Graduada em Segurança Alimentar (UNB/Universidade de Brasília); Someliére em Azeites de Oliva - Certificação Internacional (Irvea/Itália); Especialista em Catering e Banqueteria - Certificação Internacional (Etoile – Istituto Superiore Arti Culinarie/Itália); Especialista em Confeitaria e Panificação - Certificação Internacional (l’École de Boulangerie et de Pâtisserie de Paris); Especialista em harmonização de Azeites, pioneira no mundo a sugerir os critérios de harmonização de azeites com pesquisa realizada em sete países; Vencedora do Prêmio de Harmonização de Azeites realizado pelo Governo Italiano em 13 países. Responsável por desenvolver, assinar e servir todos os menus do Mundial da Copa do Mundo em 2014 na Arena de Brasília, servindo a todos os lounges Vips com menus que iam de salgadinhos a caviar. Dentre as 45.000 pessoas servidas, inúmeras celebridades e personalidades, com destaque para 13 chefes de estado e ao Príncipe Harry. Declarada pela Fifa como o melhor buffet do Brasil em atendimento ao mundial.

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